Por 45 minutos na última sexta-feira (23), ex-jogador do Chicago Blackhawks Nick Boynton participou de uma chamada via Zoom com os advogados contratos pelo Chicago Blackhawks para compartilhar informações a respeito das acusações de abuso que ocorreram em 2010.

Boyton, que estava com seu advogado, contou aos quatro advogados da firma Jenner&Block, que ele lembra como o ex-jogador Jake Dowell contou a ele que outros dois jogadores haviam sido abusados pelo treinador de vídeo Brad Aldrich.

Boynton contou aos investigadores, que a pedido desses dois colegas, ele foi até o treinador Paul Vincent, esperando que o treinador e ex-policial convencesse os diretores da equipe a demitir Aldrich e levassem as acusações até a polícia. Boyton, que jogou sete partidas com os Blackhawks durante aquela temporada e 41 na seguinte, disse que vários dos principais jogadores da franquia sabiam sobre o caso, baseado em suas conversas no vestiário.

“Eles me perguntaram quem sabia e eu dei os nomes, basicamente todos no time. Eu disse que todos sabiam. Disse que podiam perguntar os treinadores… disse para falarem com Torch (John Torchetti, ex-assistente técnico). Eu chamei Brian Campbell e disse para falar com Patrick Sharp, Patrick Kane. A equipe de treinadores sabia. Eu estou cansado desse silêncio,” Boynton contou em entrevista a TSN nesta quarta-feira (28).

Jake Dowell não confirma o que disse Boynton, “é nebuloso pra mim. Me lembro que após a saída de Brad em 2010 começamos a ouvir algumas coisas, mas eu não sei o quanto daquilo era verdade”.

O ex-treinador dos Blackhawks, Joel Quenneville, que trabalhou com Aldrich por duas temporadas, disse não saber das acusações contra seu ex-colega até as reportagens deste ano. Quenneville agora é treinador do Florida Panthers.

O capitão Jonathan Toews disse ter descoberto as acusações antes do training camp de 2010 e disse ter ficado incomodado que um jogador não identificado contou ao The Athletic que todos no time sabiam dos abusos.

Boynton disse que os investigadores pareceram enjoados pelo que ele os contou e disse esperar que a firma não “alivie” nas investigações.

“Me parece que eles farão o melhor que podem. Eu tenho um bom pressentimento sobre eles e espero que eles façam o que devem fazer”, disse Boynton

Faz um mês desde a contratação da firma Jenner&Block por parte dos Blackhawks para investigar as acusações de abuso citadas nos processos movidos por dois ex-jogadores.

Ritch Winter, agente de jogadores e que representa os ex-jogadores dos Blackhakws Marian Hossa e Tomas Kopecky, disse não ter sido contatado pela Jenner&Block para entrevistas, mas caso seja, irá incentivar seus clientes a conversarem com os investigadores.

Ainda não é claro o tipo de cooperação que haverá por parte de jogadores dos Blackhawks.

Paul Vincent, que levou o caso até a direção dos Blackhawks, foi contatado pela firma de advogados, mas disse em entrevista que não falará com os investigadores a menos que se comprometam a divulgar as informações descobertas na investigação.

Brent Sopel, ex-defensor dos Blackhawks e que disse em entrevista que “diversos jogadores e técnicos sabiam” também está se recusando a conversar com os investigadores a menos que as informações da investigação se tornem públicas.

A Jenner&Block encaminhou perguntas sobre o caso para os Blackhawks, que se recusam a discutir o caso ou as medidas que o time tomará no futuro.

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